terça-feira, 17 de novembro de 2009

Dantes tudo se consertava...

Dantes tudo se consertava, agora os usos e costumes são outros e quase tudo se deita fora...
Ser amolador antigamente era profissão com clientela garantida na aldeia e mesmo na cidade.
Actualmente na cidade "dormitório" a passagem do amolador, na sua bicicleta, quase passa despercebida e de pouco serve tocar a gaita-de-beiços para chamar clientes ausentes durante o dia, e mesmo os que estão presentes, já não têm facas nem tesouras para afiar e os chapéus de chuva quando se estragam ao lixo vão parar!
É claro que os amoladores tendem a desaparecer, mas ainda há pouco tempo questionando um jovem sobre qual a profissão do pai, me respondeu ser amolador na zona de Sintra.
Hoje passei por um que numa mão segurava "a gaita" e com a outra a bicicleta, deslocava-se sem pressas e olhando em redor, como quem vai andando e esperando que desçam dos prédios alguns clientes.
Recordei a minha avó que sempre tinha algo para consertar quando se ouvia o característico toque da gaita do amolador a aproximar-se da casa na aldeia.

JM

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