quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

No crepitar da chama

Cintilam hoje os vitrais nas igrejas
Descansa a Natureza embranquecida
No céu escuro acordam as estrelas...

E uma luz mais viva e brilhante
Aponta-nos a estrada luminosa
Á qual se rende o coração humano,
Perdido em labirintos lacrimosos.

Há melodias de cristal no ar
Ecos de preces e hinos de esperança.
Nas mesas largas o esplendor das velas
Prepara o culminar da Noite Santa.

O calor da família nos conforta
E talvez mais humildes, mais humanos
No crepitar da chama nos unamos
Como um botão de flor quase a sorrir.

Manuela de Azevedo, Florilégio de Natal

Hoje, alguém ainda jovem, vítima de doença prolongada
Não resistiu e já não vai ter noite de Consoada!
Mas se viver era apenas sofrer
A morte pode ter sido o melhor presente...

JM

...
Da vida não há mais que sorrisos
e lágrimas.
Da morte levamos a vida
embrulhada num casulo de esperanças
e de vitórias,
pois até na derrota
vencemos
se soubermos colocar-nos de pé.

Mafalda Chambel, Florilégio de Natal

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