quarta-feira, 23 de abril de 2008

Fazer e ser

Ocupamos grande parte do nosso tempo a fazer coisas, a envolvermo-nos em situações que nos absorvem e por vezes nos perturbam, fazendo-nos sentir impotentes!

Não deixando de ser o que somos na forma de agir e nos relacionar com os outros, é importante que consigamos separar claramente a esfera profissional da familiar, sob pena de haver prejuízo essencialmente para a segunda.

O que somos tem de prevalecer ao que fazemos, pois se houver uma colagem excessiva, ao deixarmos de fazer algo (desempenhar determinada função profissional) corremos o risco de não ser reconhecidos simplesmente como pessoas que somos.

Conheço casos em que os próprios só se aperceberam das consequências nefastas de tal dedicação excessiva quando, "de repente", ficaram aposentados! Olharam à sua volta e os chefes e os colegas não estavam por perto, os amigos não tinham sido preservados e as famílias não tinham tempo para lhes dedicar! O mesmo tempo que também não tinham tido anos antes... e que o vazio preenche muitos quotidianos e não escolhe idades não será novidade para ninguém.

JM

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