domingo, 1 de janeiro de 2012
Dia Mundial da Paz
Dia De Hoje
Ó dia de hoje, ó dia de horas claras
Florindo nas ondas, cantando nas florestas,
No teu ar brilham transparentes festas
E o fantasma das maravilhas raras
Visita, uma por uma, as tuas horas
Em que há por vezes súbitas demoras
Plenas como as pausas dum verso.
Ó dia de hoje, ó dia de horas leves
Bailando na doçura
E na amargura
De serem perfeitas e de serem breves.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Obra Poética I
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Liberdade
Liberdade
— Liberdade, que estais no céu...
Rezava o padre-nosso que sabia,
A pedir-te, humildemente,
O pio de cada dia.
Mas a tua bondade omnipotente
Nem me ouvia.
— Liberdade, que estais na terra...
E a minha voz crescia
De emoção.
Mas um silêncio triste sepultava
A fé que ressumava
Da oração.
Até que um dia, corajosamente,
Olhei noutro sentido, e pude, deslumbrado,
Saborear, enfim,
O pão da minha fome.
— Liberdade, que estais em mim,
Santificado seja o vosso nome.
Miguel Torga, in 'Diário XII'
— Liberdade, que estais no céu...
Rezava o padre-nosso que sabia,
A pedir-te, humildemente,
O pio de cada dia.
Mas a tua bondade omnipotente
Nem me ouvia.
— Liberdade, que estais na terra...
E a minha voz crescia
De emoção.
Mas um silêncio triste sepultava
A fé que ressumava
Da oração.
Até que um dia, corajosamente,
Olhei noutro sentido, e pude, deslumbrado,
Saborear, enfim,
O pão da minha fome.
— Liberdade, que estais em mim,
Santificado seja o vosso nome.
Miguel Torga, in 'Diário XII'
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
O Poeta
O poeta é igual ao jardim das estátuas
Ao perfume do Verão que se perde no vento
Veio sem que os outros nunca o vissem
E as suas palavras devorassem o tempo
Sophia de Mello Breyner Andresen
Ao perfume do Verão que se perde no vento
Veio sem que os outros nunca o vissem
E as suas palavras devorassem o tempo
Sophia de Mello Breyner Andresen
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Quando os olhares se cruzam ...
"Foi um momento breve, o tempo de uma abelha beijar uma pétala, o instante que demora um fugaz palpitar do coração; mas também eterno, eterno como o incansável cintilar de uma estrela incrustada no firmamento negro ou o contínuo marulhar do mar sobre a areia fulgente da praia.
Eterno.
Aquele efémero momento foi eterno, porque foi com ele que tudo começou."
Excerto de uma leitura apaixonante.
José Rodrigues dos Santos, A Vida num Sopro
JM
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Insaciáveis...
Insaciáveis de conversa... há tantas pessoas que parece não se satisfazerem nunca!!!!
Tudo e todos lhes servem de mote e não importa onde, conversa-se, conversa-se... Auto excluo-me, pois claro e sinto-me tão bem assim, porque eu não falo de tudo nem com toda a gente em qualquer local e se isto não é normal, então eu sou anormal.
Jm
Tudo e todos lhes servem de mote e não importa onde, conversa-se, conversa-se... Auto excluo-me, pois claro e sinto-me tão bem assim, porque eu não falo de tudo nem com toda a gente em qualquer local e se isto não é normal, então eu sou anormal.
Jm
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Pensamento
Estou aqui construindo um novo dia. Porque o dia constrói-se, não se espera.
António Gedeão
António Gedeão
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Pessoas doces/amargas ...
Li algures que "as pessoas doces por interesse são as mais amargas" e hoje fez-me tanto sentido!!!!!!
JM
JM
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